Em uma cidade brasileira do interior, a cabeça de boi simboliza tanto poder quanto maldição. Ao chegar na região, um forasteiro desvenda os mistérios do local por meio da história centenária de um terreno condenado na praça da igreja matriz.

imprensa:

"É sempre gratificante encontrar nos festivais obras criativas que apostam no inusitado para expandir nosso campo de reflexões. Selecionado para a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens do Festival Cinemato, o curta mineiro Cabeça de Boi nos conduz por uma narrativa bem-humorada e debochada, inspirada em uma sequência de fatos curiosos que se desenrolam a partir de uma curiosa lenda sobre um terreno amaldiçoado em uma cidade remota do país.

Escrito e dirigido por Lucas Zacarias, o filme costura elementos da cultura e da arte por meio de uma fabulação conduzida pela voz de um forasteiro — cuja visão é marcada por constantes desencontros com a realidade. Com um discurso preciso, a narrativa articula três temas centrais que se conectam simbolicamente à figura da cabeça de boi, construindo um imaginário potente que dá forma a críticas sociais relevantes.

Essa jornada se mostra fascinante, elementos como a dança e até o inventivo uso de inteligência artificial na composição de um personagem narrador preenchem com força as mensagens."

Raphael Camacho, CinePop

"De Minas Gerais veio o filme que mais chamou atenção da imprensa e do público no debate — o documentário “Cabeça de Boi”, de Lucas Zacarias. Oriundo de Uberaba, o cineasta resolveu contar parte da história de sua cidade, evocando fato do passado — a morte de família inteira que habitava rico casarão — e o tempo presente. Um tempo em que Uberaba é vista pela soma de três símbolos — o gado Zebu, o espiritismo, pois tornou-se o lar do médium Chico Xavier, e fósseis de priscas eras. No município foi encontrado “o maior esqueleto de dinossauro localizado em nosso país”.

Zacarias, que subiu ao palco do Palácio dos Festivais acompanhado de bailarinos e “cabeças de boi” cenográficas, escreveu o roteiro de seu filme a partir da leitura de reportagem publicada na revista Revelação, assinada por André Azevedo da Fonseca. Em seu texto, o hoje professor universitário mostrou que  a “tragédia do casarão” marcou a história do município e incutiu no imaginário popular crença de que  a “cabeça de boi” enterrada em determinado lugar é sinônimo de má sorte. Atraso de vida. Ao mesmo tempo — mostrará o filme —, o Gado Zebu tornou-se base econômica e fonte de poder da elite de Uberaba."

Maria do Rosário Caetano, Revista de Cinema

"Deles, um me despertou maior interesse - Cabeça de Boi, de Lucas Zacarias, filmado em Uberaba (MG). Pensei que fosse um mock documentary, um documentário fake, mas o diretor me garantiu que é tudo verdade. Uberaba é a terra do boi zebu, mas também do espiritismo (Chico Xavier) e da paleontologia (o maior esqueleto de dinossauro do país). Articula essas dimensões através de uma narração em francês, que me pareceu muito a do computador de Alphaville, de Godard, mas o diretor disse também que se inspirou na narração de Las Hurdes - Tierra sin Pan, de Luís Buñuel. De qualquer forma, belas referências, num filme inteligente, inovador e interessante. Até agora, o meu favorito."

Luiz Zanin, O Estado de São Paulo

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    Ano: 2025

    Com: Larissa Costa, Viatina-19 Fiv Mara Móveis, Edson Fernandes, Luciene Oliveira, João Pedro Ribeiro, Gabriella Martins, Ana Clara Spalato, Clayton Oliveira e Rodrigo Chagas.

    Direção e Roteiro: Lucas Zacarias

    Direção de Fotografia: Carol Borges

    Direção de Arte: Maycol Silveira

    Som Direto e Mixagem de Áudio: Tiago Lorena

    Trilha Sonora Original: Edu Caldeira

    Trilha Sonora Incidental: Seu Juvenal

    Produção: Isa Marques, Kate Árabe e Lucas Zacarias

    Designer 3D Casarão: Matheus Medeiros

    Designer Fotografia Casarão: Guilherme Borges

    Cartaz: Guilherme Borges

    Still e Making off: Hugo Brito

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